Dimensões (cm): Comp. 133,6 x Alt. 197 x Larg. 56,4
Descrição: Móvel de conter - armário dito “caixa-de-açúcar” composto por dois corpos. Corpo inferior de forma paralelipipédica, com duas portas apaineladas em meia esquadria, molduradas a verdugo saliente. Dois conjuntos de bisagras em ferro, recortadas sugerindo flor-de-lis estilizadas, em cada uma das portas. É rematado por verdugo triplo e assenta sobre quatro patins em cunha. Interior com prateleira corrida.
Corpo superior idêntico ao inferior, portas com fecho de ferrolho em forma de caixão com aldraba em "T" e espelho recortado, rematado superiormente por cimalha de balanço. Interior composto por duas prateleiras paralelas sendo uma recortada.
As ilhargas são decoradas com verdugos estriados de forma retangular, em madeira mais escura.
Origem/Historial: Ilha da Madeira.
Armário construído com madeiras reaproveitadas das caixas que transportavam o açúcar do Brasil para a Madeira.
Com estas madeiras regionalmente, construíram-se móveis como arcas, armários-copeiros de um e dois corpos, cantoneiras e outras variantes, as quais são designadas, localmente por "móvel caixa-de-açúcar" (século 17).
Em 1999, a Dra. Lília Esteves realizou análises microscópicas a diversos móveis do Museu, tendo-se verificado a conclusão de que foram encontradas vários espécies de madeira no interior dos móveis (gavetas).
Segundo o livro "Ferro e Fogo, a devastação da mata atlântica brasileira" de Warren Dean, refere que eram utilizadas nas caixas que traziam o açúcar do Brasil para a Madeira, executadas em jequitibá, tapinhoá, vinhático do brasil, embuía e outras espécies exóticas.
Incorporação: Aquisição Junta Geral do Distrito Autónomo do Funchal / 1971
ESTEVES, Lília - Identificação das Madeiras que constituem um núcleo de mobiliário designado por «caixas de açucar» Quinta das Cruzes Museu, Instituto José de Figueiredo: 1999