"SONS DA NOSSA GENTE"

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Castanholas
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  • Nº de Inventário: MEM96/153
  • Museu: Museu Etnográfico da Madeira
  • Super Categoria: Etnologia
  • Categoria: Instrumentos musicais
  • Suporte: Madeira de urze ou til.
  • Técnica: Trabalho manual em madeira
  • Dimensões: Comp: 16.3, Alt: 8, Larg: 8.3,
  • Incorporação: Esta peça, foi recolhida António G. Jardim em 1975/1976, aquando do serviço cívico, num estudo sobre a antiga dança das espadas, a partir de fotografias do arraial de São Pedro na Ribeira Brava-1946. Posteriormente foi doada à DRAC (Direcção Regional dos Assuntos Culturais) pelo Sr. Padre Jacinto Nunes. Encontrando-se na DRAC, esta peça foi transferida e incorporada no Museu Etnográfico da Madeira aquando da sua abertura em 1996.
  • Descrição: Duas superfícies de madeira, de forma oval, escavadas no interior. São unidas por um fio de couro, que prende à mão do tocador.
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Castanholas
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  • Nº de Inventário: MEM96/154
  • Museu: Museu Etnográfico da Madeira
  • Super Categoria: Etnologia
  • Categoria: Instrumentos musicais
  • Autor: Rede
  • Técnica: Trabalho manual em madeira
  • Dimensões: Comp: 34.5, Alt: 11.5, Larg: 12,
  • Incorporação: Esta peça, foi recolhida António G. Jardim em 1975/1976, aquando do serviço cívico, num estudo sobre a antiga dança das espadas, a partir de fotografias do arraial de São Pedro na Ribeira Brava-1946. Posteriormente foi doada à DRAC (Direcção Regional dos Assuntos Culturais) pelo Sr. Padre Jacinto Nunes. Encontrando-se na DRAC, esta peça foi transferida e incorporada no Museu Etnográfico da Madeira aquando da sua abertura em 1996.
  • Descrição: Duas superfícies de madeira, de forma oval, escavadas no interior. São unidas por um fio de tecido, que prende à mão do tocador.
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Castanholas
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  • Nº de Inventário: MEM96/155
  • Museu: Museu Etnográfico da Madeira
  • Super Categoria: Etnologia
  • Categoria: Instrumentos musicais
  • Suporte: Madeira de urze ou til
  • Técnica: Trabalho manual em madeira
  • Dimensões: Comp: 31, Alt: 10, Larg: 12.3,
  • Incorporação: Esta peça, foi recolhida António G. Jardim em 1975/1976, aquando do serviço cívico, num estudo sobre a antiga dança das espadas, a partir de fotografias do arraial de São Pedro na Ribeira Brava-1946. Posteriormente foi doada à DRAC (Direcção Regional dos Assuntos Culturais) pelo Sr. Padre Jacinto Nunes. Encontrando-se na DRAC, esta peça foi transferida e incorporada no Museu Etnográfico da Madeira aquando da sua abertura em 1996.
  • Descrição: Duas peças de madeira de forma oval, escavadas no interior, unidas por um fio de couro, por onde passa a mão e faz-se o movimento de dentro para fora e vice-versa, batendo ritmicamenete o que reproduz o som.
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Castanholas
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  • Nº de Inventário: MEM97/969
  • Museu: Museu Etnográfico da Madeira
  • Super Categoria: Etnologia
  • Categoria: Instrumentos musicais
  • Autor: Manuel Pereira da Corte
  • Técnica: Trabalho manual em madeira
  • Dimensões: Comp: 28, Alt: 57,5, Larg: 29,5,
  • Incorporação: Peça adquirida ao seu autor Manuel Pereira da Corte.
  • Descrição: Instrumento musical, constituído por dois conjuntos de cinco castanholas, em forma de cabeças de cão, de um lado e, no lado oposto em forma de cabeças de homem, dispostas verticalmente num cabo de madeira arredondado. No tronco de cada boneco tem um sistema de presilha acionado por um sistema central de corda, puxado pela mão do tocador.
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Castanholas
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  • Nº de Inventário: MEM97/1090
  • Museu: Museu Etnográfico da Madeira
  • Super Categoria: Etnologia
  • Categoria: Instrumentos musicais
  • Autor: Manuel Pereira Júnior
  • Técnica: Trabalho manual em madeira
  • Dimensões: Comp: 25,5, Alt: 58, Larg: 29,5,
  • Incorporação: Peça adquirida ao seu autor e doada pela Câmara Municipal da Ribeira Brava.
  • Descrição: Instrumento musical, constituído por dois conjuntos de castanholas em forma de cabeças de cão, simetricamente opostas, uma figura de homem com uma cabeça de cão na barriga, e braços amovíveis. Do lado oposto existe uma campainha, dispostos verticalmente num cabo de madeira arrendondado. No tronco de cada boneco, existe um sistema de presilha acionado por um sistema central de corda, puxado pela mão do tocador.
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Castanholas
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  • Nº de Inventário: MEM01/2224
  • Museu: Museu Etnográfico da Madeira
  • Super Categoria: Etnologia
  • Categoria: Instrumentos musicais
  • Técnica: Trabalho manual em madeira
  • Dimensões: Comp: 59, Alt: 47, Larg: 56,
  • Incorporação: Esta peça esteve em depósito no M.E.M. para uma exposição temporária e posteriormente foi doada por António Rodrigues ao museu. Autor: Alfredo Rodrigues Luzirão
  • Descrição: Castanholas com a configuração de um avião. Possui em cada asa duas castanholas de madeira e duas hélices. A meio do avião, e na parte inferior deste, existe um cabo de madeira. No interior do cabo, existe um ferro que se prende a outro cabo mais pequeno, igualmente em madeira, que ao ser puxado faz soar as castanholas.
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Confeção de uma castanhola poularmente conhecida como castanhola da Tabua
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  • Museu: Museu Etnográfico da Madeira
  • Categoria: Fotografia
  • Autor: Florêncio Pereira
  • Descrição: - Fase 1: Corte - com uma serra manual, o artesão corta as superfícies de madeira, com a dimensão pretendida. As castanholas da Tabua eram tocadas na época natalícia a caminho das missas do parto e do galo, e por altura das festas e romarias nos meses de verão, é na Tabua, freguesia pertencente ao concelho da Ribeira Brava, e em algumas zonas próximas, que estes instrumentos musicais possuem maior tradição Era habitual na freguesia da Tabua, juntarem-se grupos de homens, aos Domingos ou à noite, para construírem castanholas com diferentes formas e dimensões, procurando inovar na forma de tocar e nos resultados acústicos obtidos, rivalizando entre si. Existiram dois grupos de tocadores rivais, que embora constituídos por elementos de diversas localidades, eram conhecidos popularmente por Grupo da Ribeira e Grupo dos Zimbreiros sendo muitas vezes o adro da igreja palco destes “despiques”. Esta rivalidade terá incentivado a construção destes instrumentos, e estará provavelmente na origem do aparecimento de uma maior variedade morfológica, na Ribeira Brava e na Ponta do Sol, concelhos onde estes idiofones de percussão direta adquiriram características muito peculiares, como é o caso das castanholas com grandes dimensões, as castanholas com formas zoomórficas (galinhas ou cabeças de cão) ou um artefacto único, patente nesta exposição, da autoria de Alfredo Rodrigues Luzirão: o “avião de castanholas”. Este artífice, - Arlindo Lourenço -, natural da Tabua, ainda se dedica à construção destes artefatos, mantendo viva a tradição.
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Confeção de uma castanhola conhecida popularmente como castanhola da Tabua
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  • Museu: Museu Etnográfico da Madeira
  • Categoria: Fotografia
  • Autor: Florêncio Pereira
  • Descrição: Fase 2: O artífice procede ao arredondamento das extremidades de cada uma das partes da castanhola, desbastando-as com o auxílio de uma foice. As castanholas da Tabua eram tocadas na época natalícia a caminho das missas do parto e do galo, e por altura das festas e romarias nos meses de verão, é na Tabua, freguesia pertencente ao concelho da Ribeira Brava, e em algumas zonas próximas, que estes instrumentos musicais possuem maior tradição Era habitual na freguesia da Tabua, juntarem-se grupos de homens, aos Domingos ou à noite, para construírem castanholas com diferentes formas e dimensões, procurando inovar na forma de tocar e nos resultados acústicos obtidos, rivalizando entre si. Existiram dois grupos de tocadores rivais, que embora constituídos por elementos de diversas localidades, eram conhecidos popularmente por Grupo da Ribeira e Grupo dos Zimbreiros sendo muitas vezes o adro da igreja palco destes “despiques”. Esta rivalidade terá incentivado a construção destes instrumentos, e estará provavelmente na origem do aparecimento de uma maior variedade morfológica, na Ribeira Brava e na Ponta do Sol, concelhos onde estes idiofones de percussão direta adquiriram características muito peculiares, como é o caso das castanholas com grandes dimensões, as castanholas com formas zoomórficas (galinhas ou cabeças de cão) ou um artefacto único, patente nesta exposição, da autoria de Alfredo Rodrigues Luzirão: o “avião de castanholas”. Este artífice, - Arlindo Lourenço -, natural da Tabua, ainda se dedica à construção destes artefatos, mantendo viva a tradição.
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Confeção de uma castanhola, conhecida popularmente como castanhola da Tabua
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  • Museu: Museu Etnográfico da Madeira
  • Categoria: Fotografia
  • Autor: Florêncio Pereira
  • Descrição: Fase 3: perfuração da madeira com um ferro, na parte superior da castanhola, obtendo os furos para amarrar os fios que a prenderão à mão do tocador. As castanholas da Tabua eram tocadas na época natalícia a caminho das missas do parto e do galo, e por altura das festas e romarias nos meses de verão, é na Tabua, freguesia pertencente ao concelho da Ribeira Brava, e em algumas zonas próximas, que estes instrumentos musicais possuem maior tradição Era habitual na freguesia da Tabua, juntarem-se grupos de homens, aos Domingos ou à noite, para construírem castanholas com diferentes formas e dimensões, procurando inovar na forma de tocar e nos resultados acústicos obtidos, rivalizando entre si. Existiram dois grupos de tocadores rivais, que embora constituídos por elementos de diversas localidades, eram conhecidos popularmente por Grupo da Ribeira e Grupo dos Zimbreiros sendo muitas vezes o adro da igreja palco destes “despiques”. Esta rivalidade terá incentivado a construção destes instrumentos, e estará provavelmente na origem do aparecimento de uma maior variedade morfológica, na Ribeira Brava e na Ponta do Sol, concelhos onde estes idiofones de percussão direta adquiriram características muito peculiares, como é o caso das castanholas com grandes dimensões, as castanholas com formas zoomórficas (galinhas ou cabeças de cão) ou um artefacto único, patente nesta exposição, da autoria de Alfredo Rodrigues Luzirão: o “avião de castanholas”. Este artífice, - Arlindo Lourenço -, natural da Tabua, ainda se dedica à construção destes artefatos, mantendo viva a tradição.
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Confeção de uma castanhola, instrumento de percusão direta, conhecida popularmente como castanhola da Tabua
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  • Museu: Museu Etnográfico da Madeira
  • Categoria: Fotografia
  • Autor: Florêncio Pereira
  • Descrição: Fase: castanhola finalizada. As castanholas da Tabua eram tocadas na época natalícia a caminho das missas do parto e do galo, e por altura das festas e romarias nos meses de verão, é na Tabua, freguesia pertencente ao concelho da Ribeira Brava, e em algumas zonas próximas, que estes instrumentos musicais possuem maior tradição Era habitual na freguesia da Tabua, juntarem-se grupos de homens, aos Domingos ou à noite, para construírem castanholas com diferentes formas e dimensões, procurando inovar na forma de tocar e nos resultados acústicos obtidos, rivalizando entre si. Existiram dois grupos de tocadores rivais, que embora constituídos por elementos de diversas localidades, eram conhecidos popularmente por Grupo da Ribeira e Grupo dos Zimbreiros sendo muitas vezes o adro da igreja palco destes “despiques”. Esta rivalidade terá incentivado a construção destes instrumentos, e estará provavelmente na origem do aparecimento de uma maior variedade morfológica, na Ribeira Brava e na Ponta do Sol, concelhos onde estes idiofones de percussão direta adquiriram características muito peculiares, como é o caso das castanholas com grandes dimensões, as castanholas com formas zoomórficas (galinhas ou cabeças de cão) ou um artefacto único, patente nesta exposição, da autoria de Alfredo Rodrigues Luzirão: o “avião de castanholas”. Este artífice, - Arlindo Lourenço -, natural da Tabua, ainda se dedica à construção destes artefatos, mantendo viva a tradição.
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Tocador de "castanholas da Tabua"
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  • Museu: Museu Etnográfico da Madeira
  • Categoria: Fotografia
  • Autor: Florêncio Pereira
  • Descrição: Legenda: Jovem tocador de castanholas. As castanholas da Tabua eram tocadas na época natalícia a caminho das missas do parto e do galo, e por altura das festas e romarias nos meses de verão, é na Tabua, freguesia pertencente ao concelho da Ribeira Brava, e em algumas zonas próximas, que estes instrumentos musicais possuem maior tradição. Era habitual na freguesia da Tabua, juntarem-se grupos de homens, aos Domingos ou à noite, para construírem castanholas com diferentes formas e dimensões, procurando inovar na forma de tocar e nos resultados acústicos obtidos, rivalizando entre si. Existiram dois grupos de tocadores rivais, que embora constituídos por elementos de diversas localidades, eram conhecidos popularmente por Grupo da Ribeira e Grupo dos Zimbreiros sendo muitas vezes o adro da igreja palco destes “despiques”. Esta rivalidade terá incentivado a construção destes instrumentos, e estará provavelmente na origem do aparecimento de uma maior variedade morfológica, na Ribeira Brava e na Ponta do Sol, concelhos onde estes idiofones de percussão direta adquiriram características muito peculiares, como é o caso das castanholas com grandes dimensões, as castanholas com formas zoomórficas (galinhas ou cabeças de cão) ou um artefacto único, da autoria de Alfredo Rodrigues Luzirão: o “avião de castanholas”. O grupo de tocadores de castanholas da Casa do Povo da Tabua recuperou esta tradição promovendo o ensino deste instrumento e fazendo atuações públicas.

Apresentação

Tocadas na época natalícia a caminho das missas do parto e do galo, e por altura das festas e romarias nos meses de verão, é na Tabua, freguesia pertencente ao concelho da Ribeira Brava, e em algumas zonas próximas, que estes instrumentos musicais possuem maior tradição.

Era habitual naquela freguesia juntarem-se grupos de homens, aos Domingos ou à noite, para construírem castanholas com diferentes formas e dimensões, procurando inovar na forma de tocar e nos resultados acústicos obtidos, rivalizando entre si.

Existiram dois grupos de tocadores rivais, que embora constituídos por elementos de diversas localidades, eram conhecidos popularmente por Grupo da Ribeira e Grupo dos Zimbreiros, sendo muitas vezes o adro da igreja palco destes “despiques”.

Na década de 40 do século passado formou-se um grupo, a chamada “Requesta da Tabua”, que atuou em diferentes festividades, fazendo parte do cartaz de animação de alguns eventos, nomeadamente no Arraial de S. Pedro (Ribeira Brava) e na Festa das Vindimas (Funchal).

Esta rivalidade terá incentivado a construção destes instrumentos, e estará provavelmente na origem do aparecimento de uma maior variedade morfológica, na Ribeira Brava e na Ponta do Sol, concelhos onde estes idiofones de percussão direta adquiriram caraterísticas muito peculiares, como é o caso das castanholas de grandes dimensões, as castanholas com formas zoomórficas (galinhas ou cabeças de cão) ou o artefacto único, patente nesta exposição, da autoria de Alfredo Rodrigues Luzirão: o “avião de castanholas”. O seu autor, ainda jovem, juntou-se nos anos 40 ao grupo do seu sítio, tendo criado este original instrumento, um sucesso naquela época.

Nos anos 70, a pedido do escultor António Rodrigues, produziu uma réplica, patente na “1ª Mostra de Instrumentos Musicais Populares” e que foi doada pelo escultor ao Museu Etnográfico da Madeira, enriquecendo o acervo.

O “Grupo de Tocadores de Castanholas da Casa do Povo da Tabua”, criado em 1990, tem como objetivo preservar esta tradição de forma genuína, incentivando os mais novos a dar-lhe continuidade, mantendo a reprodução dos diferentes tipos de toques, transmitidos de geração em geração ( tocar novo, toque dobrado, bailinho e três pancadas), fortalecendo a identidade local.

Arlindo Lourenço, natural da Tabua, é atualmente o único artesão a dedicar-se à construção destes instrumentos musicais, a que acresce a perícia de os saber tocar, mantendo viva a tradição no seio do grupo.

Com a apresentação desta exposição, o Museu Etnográfico da Madeira pretende promover o Património Cultural Imaterial da comunidade da Tabua, a saber: uma tradição ancestral na reprodução dos vários tipos de toques e uma tradição associada aos conhecimentos e a um saber fazer local, que representa a herança cultural de gerações passadas.

Através dos workshops que têm sido organizados pelos Serviços Educativos do museu, promovemos a transmissão do ofício e do “saber fazer”, revelando o conhecimento intrínseco inerente à construção e utilização deste tipo de instrumentos, que se pretende continue a ser transmitido às gerações futuras, preservando e valorizando esta expressão imaterial da cultura.

Ficha Técnica

Textos: Dalila Fernandes e Lídia Góes Ferreira
Fotografia: Florêncio Pereira