Ficha de Autor

ANUNCIAÇÃO, Tomás José da

  • Data de nascimento/óbito: 1818 - 1879
  • Local de nascimento/óbito: Lisboa - Lisboa
  • Biografia: Pintor português do Romantismo, desde cedo revelou gosto pelo desenho, começando por desenhar animais e elementos botânicos. Iniciou a carreira artística como “praticante-desenhador” no Museu de História Natural, então sediado na Ajuda. Em outubro de 1837, inscreveu-se nas aulas de desenho da Real Academia de Belas Artes. Em 1840 expôs pela primeira vez, mas interrompeu os estudos e alistou-se nas fileiras da Guarda Nacional, no Batalhão dos Voluntários. Recebeu influências dos artistas Quillard (1700-1733) e, especialmente de Pillement (1728-1808). A convite do 2º Conde de Carvalhal, D. António Leandro de Câmara Leme Carvalhal Esmeraldo de Atouguia Sá Machado (1831-1888), Tomás de Anunciação viajou até o Funchal para retratar a família do Conde «merendando ao ar livre, (…) com uma paisagem panorâmica da ilha, de curioso efeito cenográfico» (MACEDO, Diogo de: “Cadernos de Arte II Tomás José da Anunciação” p.15), datado de 1865. Ainda desta viajem resultou “Baía do Funchal vista de Santa Catarina” (1865), que se encontram no Museu Quinta das Cruzes. Anunciação expôs ainda na Loja-oficina de Margotteau c. 1848, então muito frequentada por pessoas abastadas, tendo o rei D. Fernando comprado alguns quadros e levado para a coleção no Paço da Pena. Em 1852, tornou-se professor da cadeira de Pintura de Paisagem de Animais e Produtos Naturais. Em 1856 participou numa exposição da Academia de Belas Artes juntamente com Metrass, Patrício, Anastácio Rosa, Resende, entre outros artistas da Escola Romântica com obras como: “A Partida do Gado”, “A Volta do Trabalho”, “O Sendeiro” (1856), “Um Mercado de Lisboa”, “Dois Novilhos” e “A velha Devota”. Em 1862 foi premiado na exposição da Sociedade Promotora. Em 1867, apresentou na Exposição Universal de Paris “Après la Pâture” (margens do Tejo) pertencente à coleção do rei D. Luís. Por nomeação régia foi professor da rainha D. Maria Pia e diretor da Galeria da Ajuda. Foi diretor da Academia de Belas-Artes em 1878.

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